PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: CONSTRUÇÃO COLETIVA

Aspectos Sócio-Econômicos

A escola Estadual de Ensino Fundamental “João Renato Franco” está localizada em área periférica da capital paraense. A população do bairro da Cremação é constituída por pessoas de níveis sócio-econômicos variados e bastante complexo, expressado pela maioria das pessoas com nível de escolarização e renda baixa, sendo boa parte formada de operários não qualificados e assalariados.

A comunidade é constituída de diferentes perfis econômicos e cultural, sendo a maioria trabalhadores (as) braçais, feirantes, domesticas, comerciantes etc. consideremos ainda a existência de profissionais liberais como parte integrante da comunidade.

Quanto ao nível sócio-econômico é bastante complexo expressado pela maioria das pessoas de classes populares com um nível de escolarização e renda baixa.

No âmbito da religiosidade observamos uma expressiva freqüência das pessoas às igrejas católicas e evangélicas.

Os meios de comunicação utilizados pelos moradores são rádios convencionais; canais de televisão. A População do bairro é composta em sua maioria por crianças e jovens que enfrentam dificuldades de acesso ao lazer e ao atendimento médico. Os meios de comunicação utilizados pelos moradores são bem variados tais como: rádios, TVs, carros de som, internet e etc.

As linhas rodoviárias utilizadas pela comunidade são: Pedreira Felipe Patroni, Pedreira Condor, Marex Ver-o-Peso, Cremação, UFPA Alcindo Cacela e outros. Além disso, observamos o táxi como alternativo de transporte para comunidade.

A política de atendimento a saúde no bairro ocorre através da Unidade Municipal de Saúde da Cremação.

Atualmente a segurança publica é feita pela seccional do bairro como apoio da ronda móvel, havendo necessidades de todos os segmentos da sociedade se unirem com o objetivo de combate a violência no bairro, que constitui hoje um serio problema para o conjunto da sociedade civil.

A gestão educacional passa pela democratização da escola sob dois aspectos: a) interno – que contempla os processos administrativos, a participação da comunidade escolar nos projetos pedagógicos; b) externos – ligado á função social da escola, forma como produz, divulga e socializa o conhecimento. A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações: Art. 14 – os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I. Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes . Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão ás unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público. Cabe aqui, nessa regulamentação o princípio da autonomia delegada, pois esta lei decreta a gestão democrática com os princípios vagos, no sentido de que não estabelece diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática, apenas aponta o lógico, a participação de todos os envolvidos. É preciso que educadores e gestores se reeduquem na perspectiva de uma ética e de uma política no sentido de criar novas formas de participação na escola pública, tais como ouvindo, registrando e divulgando o que alunos e comunidade pensam, falam, escrevem sobre o autoritarismo liberdade da escola pública e as desigualdades da sociedade brasileira.

O currículo expressa o projeto pedagógico da escola, organiza e orienta determinada prática educativa. Ao elaborá-lo a escola deve sempre levar em consideração o aluno, a sociedade e a cultura. Na composição do currículo cabe á escola decidir acerca das experiências que deverão ser desenvolvidas a partir das necessidades históricas colocadas pelo aluno e pela sociedade, fundamentando-se em critérios de ordem filosófica, política, econômica, cultural, social e pedagógica.

JUSTIFICATIVA

A Gestão democrática constitui-se e princípio, consagrado pela constituição vigente e conclui necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões / ações administrativos – pedagógicas.

Neste sentido, com base as três dimensões (pedagógica, administrativa e financeira), observando-se a realidade da escola surgiu à necessidade da realização da pesquisa. Junto aos alunos, pais e professores com relação aos pontos positivos e negativos da escola, como resultado a pesquisa revelou por seus participantes (alunos, pais e professores) o apelo de que a teoria se transformasse em ações concretas no sentido de, uma vez configurada os altos índices de evasão e reprovação escolar na 1ª série do ensino fundamental prioritariamente nas disciplinas Língua Português e Matemática, distorção idade / série, ausência da comunidade bem como a inexistência de proposta pedagógica.

Diante desse contexto, buscar uma organização para a escola constitui uma ousadia para os educadores, pais, alunos e funcionários, no sentido de fundamentar o PPP nos pressupostos de uma teoria pedagógica crítica viável, que parta da prática social e esteja compromissada em solucionar os problemas de nossa escola.

Portanto, é proposta dessa gestão trabalhar de forma coletiva e democrática e para tal é imprescindível a co-participação do Conselho Escolar como instância legítima, importante organismo de controle social na constituição da escola de qualidade, buscando alicerçar o conceito de autonomia, enfatizando a responsabilidade de todos, pois segundo Nóvoa a autonomia é importante para: ”a criação de uma identidade da escola, de um ethos científico e diferenciador, que facilite a adesão de diversos atores e a elaboração de um projeto próprio” (1992, p. 26).

E para isso precisamos compreender o espaço escolar como local privilegiado do processo de mediação das sínteses culturais, pedagógicas e também de participação política efetiva. Acreditamos num movimento de renovação pedagógica que promova os vínculos entre: cidadania, conhecimento, consciência resgatando a função socializadora, política e cultural da escola.

OBJETIVOS DO PROJETO

• Fortalecer os espaços democráticos escolares tanto da instância representativa (Conselho Escolar) como também das relações interpessoais efetivadas no cotidiano escolar.

• Investir na formação do educador, enquanto coordenador do processo de construção do conhecimento.

• Promover a interação das disciplinas em uma percepção do conhecimento democrático e qualitativo que vise ao desenvolvimento do potencial emancipatório do sujeito.

• Garantir a qualidade do trabalho desenvolvido por todos que compõem a escola através, do acompanhamento e assessoramento direto e viabilização dos recursos.

• Promover eventos sócios culturais que favoreçam o fortalecimento das relações escolar e comunidade.

• Implementar ações para elevar com qualidade o Índice de Desenvolvimento da Educação básica (IDEB).
  
  

• Construção de propostas interdisciplinares como alternativas para a superação da fragmentação do trabalho escolar, seja em relação ao conhecimento científico, as disciplinas curriculares ao trabalho pedagógico e articulação com a comunidade extra-escolar.

• Assessorar pedagogicamente os educadores da Educação dos Jovens e Adultos (EJA) com objetivo de minimizar o índice de evasão.

• Fortalecer os projetos governamentais como: Mais educação, P.D.E.
  OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
• Priorizar o desempenho acadêmico dos alunos;
• Fortalecer a gestão participativa.

VALORES ESTRATÉGICOS:

EXCELÊNCIA

Valorizar nossos alunos, oferecendo um ensino de qualidade, priorizando o Ensino Aprendizagem.

INOVAÇÃO

Criar mecanismos de gestão escolar através da participação efetiva do conselho escolar e formas para detectar os problemas e solucioná-los de maneira participativa.

RESPEITO PELO INDIVÍDUO

Reunir grupos de estudos relacionados a ética profissional para melhor entender direitos e deveres dentro da unidade escolar.

PARTICIPAÇÃO

Trabalhar em equipe, com a participação de todos os segmentos da escola, buscando parcerias com os pais, comunidade e instituições do bairro, visando um trabalho integrado e coletivo.

O projeto educacional da Escola João Renato Franco é movido pelo compromisso de favorecer uma educação fundamenta na compreensão de educação crítica, reflexiva em que nossos alunos possam responder aos problemas de forma consciente e transformador dessa realidade (FREIRE).

Nosso desafio consiste em proporcionar que todos possam participar do planejamento das atividades, possam opinar, sentindo-se assim sujeito da práxis educacional. Assim sendo, destacamos nestas poucas laudas as concepções que fazem parte de nossa utopia educativa, dos sonhos que acreditamos ser possível, alcançável a partir do envolvimento de todos.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O currículo extrapola o “fazer” pedagógico abrangendo elementos como grade curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimento. É necessário resgatar os saberes que o/a aluno/a traz de seu cotidiano. Elencado o objeto do conhecimento, este não deve ser trabalhado de forma superficial e desvinculado da realidade. Está enraizada, em nossa ação pedagógica diária, uma metodologia tradicional que entende o conhecimento como um produto pronto para apenas ser repassado, considerando somente a interação unilateral entre professor e aluno. Todavia, é preciso que o objeto do conhecimento seja tratado por meio de um processo que considere a interação/ mediação entre educador/a ⇔educando/a como uma via de “mão dupla” em que as relações de ensino-aprendizagem ocorram dialeticamente.

PROJETOS PEDAGÓGICOS

 

1. PROJETO INTERDISCIPLINAR:

O JORNAL COMO INSTRUMENTO FACILITADOR DO PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA 3ª E 4ª ETAPA DO ENSINO FUNDAMENTAL

OBJETIVOS:

• Formar leitores críticos e autônomos de jornais ampliando sua capacidade de leitura e escrita;
• Desenvolver procedimentos de revisão de textos, elevar os conhecimentos sobre a língua escrita;

• Definir, entender as causas e conseqüências dos dilemas sociais atuais;

• Utilizar o jornal como material didático na resolução de atividades;

• Incentivar os alunos a leram jornais com mais atenção e intenção naquilo que buscam (objetivos definidos);

• Valorizar um material de alto acesso, simples e com riquezas interdisciplinares;

• Mostrar o poder da comunicação escrita, onde podemos: comparar, criar, ampliar, transformar, resumir, interpretar;

• Propiciar aos alunos o conhecimento do cotidiano da redação de um jornal e o sistema operacional de uma empresa gráfica;

• Expandir o valor da leitura para a atualização do cidadão em seu município, seu estado, seu país e mundo;

• Confecção, edição de jornais pelos alunos como novo material comunicativo que utiliza diversas linguagens já trabalhadas em nossas práticas sociais cotidianas, inclusive escolares;
  
  

PROJETO SALA DE LEITURA:

ESCOLA DE LEITORES

OBJETIVOS:

Em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) cujo inciso I do artigo 32, nos orienta sobre um dos objetivos do Ensino Fundamental que é assegurar “o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo”, é que este projeto apresenta como objetivo geral possibilitar um espaço alternativo de incentivo á leitura, compreendendo-a como um ato de prazer e de conhecimento necessário para o pleno exercício da cidadania.

PROJETO

Titulo : A utilização das TIC no combate ao Bullying na escola João Renato Franco

4 – OBJETIVOS

GERAL: Refletir sobre as causas e consequências do bullying, evitando assim que ocorra essa forma de intimidação, na escola, para que o processo ensino/aprendizagem aconteça num ambiente de paz. ESPECIFICOS: • Conceituar Bullying e reconhecer na prática, como ela acontece e os seus efeitos tanto para quem sofre como para quem pratica. • Buscar e relacionar valores morais, éticos, raciais, religiosos, etc., os quais devem ser respeitados, como base para a vida em sociedade e exercício da cidadania. • Perceber os efeitos produzidos pelas linguagens midiáticas e o poder dos meios de comunicação de massa na formação de crianças e adolescentes nativos dessa sociedade tecnológica; • Propiciar ao aluno uma orientação efetiva contra o bullying, tendo como valores o respeito às diferenças individuais, no ambiente escolar. • Aliar as TIC a aprendizagem do aluno no combate ao bullying na escola. • Implementar ações educativas de prevenção e de combate ao bullying no cotidiano escolar.

DEMAIS AÇÕES /PROJETOS ESCOLARES

  

PDE – Plano de Desenvolvimento da Escola

Programa Mais Educação 

 

PLANO DE AÇÃO 

 

TITULO DO PROJETO: A INFORMÁTICA COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NA EEEF PROF. JOÃO RENATO FRANCO

OBJETIVOS

 

GERAL:

Possibilitar a utilização crítica dos recursos da informática na prática didático-pedagógica da escola, propiciando a integração das ferramentas digitais, multimídias e internet com a sala de aula, através do planejamento e da prática docente em prol da construção de conhecimentos cognitivos, afetivo-emocional e tecnológico.

ESPECÍFICOS:

- Socializar o plano de ação da Sala de informática com os segmentos da escola;

- Sensibilizar professores e alunos para o uso crítico dos recursos disponíveis na sala de informática;

- Realizar formação continuada através de oficinas, cursos, encontros, palestras, etc..., no uso das ferramentas do Linux Educacional, recursos multimídias e da internet para professores, alunos, coordenadores pedagógicos e administrativos;

- Capacitar professores e alunos para desenvolverem projetos disciplinares ou interdisciplinares como atividades práticas que contribuam para o desenvolvimento de competências para a pesquisa, análise, síntese de dados em prol da construção de conhecimentos e saberes;

- Assessorar o planejamento didático-pedagógico dos professores propondo e integrando as TIC disponíveis na SI aos conteúdos específicos das diversas disciplinas de forma disciplinar, inter/multi e/ou transdisciplinar;

- Utilizar as ferramentas, software e objetos de aprendizagem, de forma crítica, na prática pedagógica;

- Realizar encontros de planejamento e avaliação das ações a serem realizadas na SI;

-Elaborar relatório semestral das ações/atividades e projetos realizados na sala de informática durante o semestre.